O que esquecemos é que seres humanos não são feitos de argila, portanto nunca se tornarão a obra de arte que nós, os escultores, projetamos. Essa condição de perfeição é um motivador de relacionamentos desfeitos. Não há mágica para conseguirmos o relacionamento ideal, mas há meios para evitarmos o envolvimento com a pessoa errada. Não existem pessoas perfeitas, o que precisamos procurar são pessoas cujos defeitos não nos incomodem tanto.
Seguindo essa linha, se temos ojeriza à bebida alcoólica, por exemplo, o lugar mais impróprio para começarmos um relacionamento é na balada ou no barzinho. Pode até acontecer de conhecermos alguém que não beba, mas é pouco provável. Então, se vamos as baladas, que seja para dançar, e nesse caso, teremos que deixar a ansiedade da procura em casa.
Se a beldade dos nossos sonhos está em um shopping, com sacolas de compras penduradas por todos os lados, fica claro que o envolvimento relacional com ela, incluirá esse lado consumista.
Se não gostamos de samba, não vamos procurar companhia no carnaval.
A máxima de que os opostos se atraem, é restrita apenas ao físico. Para que possamos manter um relacionamento, o ideal é que tenhamos muitas coisas em comum. Situação socioeconômica, gosto musical, intelectualidade, inteligência cultural, gostar de sair para dançar, jantar fora, receber amigos em casa, cores e aromas.
A chance de um relacionamento dar certo, envolve um conjunto de atos e comportamento do outro que se aproxime ao máximo da nossa projeção.
Concluo então, que vale a pena investirmos em um novo relacionamento, bastando para isso, não sairmos desesperados em busca de ‘qualquer coisa’ apenas por estarmos com medo da solidão. Temos que procurar no lugar certo, essa atitude nos levará a conhecer alguém que se aproxime ao máximo ao nosso gosto. Sem esquecer, é claro, que o amor é fundamental.